Publicação: 10 de março de 2022Categorias: Notícias

Ação acontece até o dia 31 de março, em parceria com os institutos JCPM e Ágatha, e visa levar os itens de higiene a meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade

Estudo ‘Livre para Menstruar’, realizado em 2021 pelo movimento Girl Up, aponta que uma em cada quatro adolescentes no Brasil não tem acesso a absorventes. Com o objetivo de contribuir com o combate à pobreza menstrual, o Shopping Jardins realiza campanha de arrecadação deste importante item de higiene no período de 8 a 31 de março. A ação alusiva ao Dia Internacional da Mulher acontece em parceria com o Instituto JCPM de Compromisso Social e o Instituto Social Ágatha e visa beneficiar adolescentes, mulheres e homens trans em situação de vulnerabilidade.

Toda a população está convidada a participar, realizando doações de absorventes. A Loja Solidária fica em frente à Lotérica no mall próximo ao hipermercado GBarbosa, funcionando de segunda a sábado, das 10h às 22h, e aos domingos e feriados, das 14h às 20h.

Desde 2015, o Instituto Social Ágatha atua em Sergipe no resgate e valorização da mulher em situação de vulnerabilidade. A organização social sem fins lucrativos realiza os projetos Formação Educacional e Profissional Social (FOPS), Ateliê Tecendo Sonhos, os programas Sua Vida Vale Mais e Ellas por Ellas, dentre outras ações voltadas a meninas, adolescentes e mulheres, especialmente aquelas vítimas de violência doméstica familiar ou egressas do sistema prisional.

Mais informações sobre o Instituto Social estão disponíveis no perfil do Instagram @SomosAgatha e no site ongagatha.org.br.

Pobreza menstrual no Brasil

A higiene menstrual é um direito humano reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde 2014, mas não faz parte da realidade de milhões de brasileiras. Relatório do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) divulgado em maio de 2021 aponta um cenário alarmante.

Pobreza ou precariedade menstrual refere-se à falta de acesso aos recursos necessários para meninas, mulheres e homens trans manterem uma boa higiene no período da menstruação. Esta carência não se restringe aos absorventes, mas abrange também a ausência de conhecimento sobre os cuidados com o corpo e a precariedade dos ambientes onde vivem, como falta de banheiro, água e saneamento.

O estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos” estima que 713 mil meninas não têm banheiro ou chuveiro em casa e mais de 4 milhões não contam com itens básicos de cuidados menstruais na escola.

A pesquisa “Impacto da pobreza menstrual no Brasil”, realizada pela plataforma Toluna em maio de 2021, aponta que 28% das jovens já deixaram de ir às aulas por não conseguirem comprar absorvente e 48% delas esconderam que este foi o motivo da ausência.